Emprego na construção começa o ano em alta

O setor da construção no Brasil apresentou em janeiro uma redução de 0,05% no número de empregados em relação ao mês anterior, o equivale ao fechamento de 1.282 vagas. A queda acontece pela 28ª vez consecutiva desde outubro de 2014, segundo pesquisa divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base nos dados do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).


Ao todo 2,49 milhões de trabalhadores estavam empregados no setor brasileiro no primeiro mês do ano, número 14,18% menor se comparado ao mesmo período de 2016. Os segmentos Imobiliário e Preparação de terreno foram os que apresentaram as maiores reduções nos postos de trabalho nos últimos 12 meses: -17,25% e -13,77%, respectivamente. Já em relação a dezembro houve mais demissão nas áreas de Preparação de Terreno (-1,16%), Imobiliário (-0,27%) e Obras de Acabamento (-0,27%).


Por região, houve queda no emprego na construção no Norte e Nordeste em janeiro, com redução de 1,54% e 0,86% sobre dezembro. Ainda assim, as outras três regiões do País surpreenderam ao contratar mais do que demitir: a alta foi de 1,09% para o Sul (4.353 novos postos), 0,07% para o Centro Oeste (144 admissões) e 0,05% para o Sudeste (675 contratados).


O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto afirmou que mesmo com arrefecimento no ritmo da diminuição dos postos de trabalho, ainda é esperada retração de 7,5% no setor durante o ano de 2017 no Brasil. "O que a desaceleração aponta é que podemos estar nos aproximando do final do ciclo recessivo, mas ainda é cedo para dizer quando isso acontecerá", disse Ferraz Neto.


Estado de São Paulo

Pela primeira vez desde 2016, o emprego na construção civil do Estado de São Paulo apresentou alta: foram 1.836 contratações (crescimento de 0,26%). Os segmentos que puxaram o resultado foi o de Obras de Instalação (variação de 1,67%) e Infraestrutura (0,49%). Por outro lado, Obras de acabamento caiu 0,42%.

O estoque de trabalhadores foi de 692,8 mil em dezembro para 694,6 mil em janeiro.


Autor: Gabrielle Vaz, do Portal PINIweb

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